Da Redação
21 de março de 2014Desde o início da administração de Gustavo Stupp (PDT) que as relações institucionais com o poder Legislativo têm sido confortáveis para o prefeito. Ao conseguir estabelecer uma base de apoio segura para a aprovação de todas as suas propostas, praticamente anulou a tentativa de articulação de um bloco de oposição. É verdade também que os vereadores que restaram na base de tiro não conseguiram encontrar o tom dos discursos a ponto de criar grandes polêmicas em plenário.
Assuntos extremamente delicados e passíveis de contestação, como a votação do organograma, o reajuste dos servidores, o salário de diretores, a privatização de serviços do Saae, tudo passou com tímidas manifestações que nem ao menos repercutiram fora. A maior artilharia veio mesmo dos protestos de rua, da ação inconveniente de alguns jovens e das redes sociais, onde as críticas pulularam febrilmente, não o suficiente para abalar a determinação do grupo de Stupp de impor um modelo de trabalho que, mais tarde se admitiu, foi frustrante.
Nem mesmo a denúncia de cobrança de suborno na Prefeitura foi devidamente administrada. Quando surgiu a grave acusação contra um dos secretários de confiança de Stupp, que agora saiu exonerado, não houve a preocupação de negar ou explicar os fatos. A contestação – se é que pode ser assim considerada – foi intempestiva, meses depois, quase que na forma de um desabafo de saída.
Agora, um fato novo se apresenta e dá uma nova coloração à política local. Na sessão de segunda-feira, por descuido ou descaso, foi aprovado um requerimento da vereadora Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB) para enviar ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas informações a respeito de possíveis irregularidades na contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a elaboração do famigerado Plano de Cargos e Salários da Prefeitura.
Se foi um cochilo da base aliada, cometeu-se um grave deslize. Talvez mal acostumados pela liderança atenta da vereadora Márcia Rottoli (SDD), que se afastou da Câmara, os vereadores titubearam e deixaram acender um perigoso precedente que pode inflamar a oposição.
Se, de tudo, se aproveitar uma apuração séria e despolitizada, terá sido o melhor remédio. Mas longe de representar um avanço no trabalho do Legislativo, tão combalido que seriam necessárias muito mais intervenções para reverter a pecha de omissão e plácida condescendência.
8 de maio de 2022
20 de maio de 2022
11 de maio de 2022
17 de maio de 2022
14 de maio de 2022
24 de maio de 2022
16 de maio de 2022
9 de maio de 2022
13 de maio de 2022
18 de maio de 2022
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.