Da Redação
12 de novembro de 2014O entusiasmo apresentado por políticos e governantes pode ser positivo no sentido de entrega aos interesses da coletividade, impulsionando, além de ações, a criatividade para o surgimento de ideias benéficas. Porém, o entusiasmo deve ser equacionado com um raciocínio equilibrado no momento de gerir o poder público, em que a responsabilidade de ser um comandante é imensurável. Antes de expressar pensamentos, o governante deve se lembrar que não se trata de um cidadão comum, mas de uma figura pública cujas palavras adquirem dimensões diferenciadas e são revestidas da responsabilidade de um representante do povo. Uma palavra mal expressada ou comunicada de forma exagerada pode criar falsas ilusões, gerar expectativas frustradas e provocar uma efervescência desnecessária na sociedade facilitando o disseminar de falsas informações.
Nesse perfil de governante entusiasmado acostumado a proferir ideias sem muita cautela, está o prefeito Gustavo Stupp. A facilidade enquanto personagem no relacionamento pessoal com a imprensa e a comunidade quando se propõe a estar presente carrega em si um mérito de Stupp, que acaba soltando o verbo, muitas vezes agindo com espontaneidade inusitada, em um perfil mais interessante do que o de um estilo ditador silencioso. Porém, é necessária cautela para se lembrar que está no papel de prefeito. O estilo falastrão acaba por contaminar o governo. A secretária de Educação, Márcia Rottoli, anunciou o projeto do cartão escolar para 2015, em que seriam investidos R$ 2 milhões para proporcionar R$ 200 em crédito para compras de 9.400 alunos.
A notícia criou grande expectativa em pais, que comemoravam o benefício e acabaram ficando em dúvida diante das informações posteriores. Agora, Márcia anunciou a desistência após um posicionamento contrário do Tribunal de Contas de Mogi Guaçu. Antes de divulgar, a Prefeitura deveria ter feito todos os trâmites, com as devidas análises jurídicas. Não bastasse isso, no mesmo dia do recuo, Stupp divulgou a intenção de trocar a cesta básica por vale-alimentação dos funcionários públicos.
Nesse caso, trata-se de uma ideia, mas ainda assim Stupp poderia aguardar para dar publicidade ao projeto. Sobre o estilo de lançar projetos no ar e depois desistir, Stupp alega que adota esse procedimento para medir a reação popular. Porém, há maneiras mais responsáveis de conhecer os interesses do povo.
A Prefeitura poderia medir a aceitação dos projetos com audiências públicas ou eventos semelhantes ou até mesmo consultas populares por intermédio de pesquisas, como Stupp chegou a querer fazer para determinadas avaliações e acabou desistindo após ser criticado. Ouvir a população de maneira clara e objetiva, em reuniões ou pesquisas referentes a futuros projetos, seria positivo, tanto no aspecto de planejamento, agindo com mais profissionalismo, quanto no sentido de tratar os munícipes com o respeito devido, sem falsos alardes.
10 de junho de 2022
3 de junho de 2022
10 de junho de 2022
4 de junho de 2022
24 de junho de 2022
11 de junho de 2022
16 de junho de 2022
26 de junho de 2022
24 de junho de 2022
16 de junho de 2022
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.