Da Redação
18 de julho de 2015As últimas notas da voz doce, privilegiada e altamente profissional de Zizi Possi ainda ecoavam no ar, na noite de sexta-feira, junto com os acordes da nossa Orquestra Sinfônica Lyra Mogimiriana, e o 4º Festival de Inverno de Mogi Mirim já deixava imensa saudade. Uma cidade em que as opções culturais são bastante restritas e os poucos eventos acabam se transformando em baladas, é extremamente salutar constatar que ainda existem artistas capazes de um trabalho de alta qualidade e de um desprendimento que nem sempre é reconhecido.
Ao completar 30 anos de existência, a nossa Lyra Mogimiriana é um patrimônio inalienável, uma conquista da sociedade que mereceria mais do que os elogios, os aplausos na mais de cem apresentações que os músicos fazem ao longo dos anos, o agradecimento de tantos que passaram e passam pelos cursos de formação. O prestígio se traduz no suporte de tantos apoiadores constantes, empresas e profissionais que sabem o valor da cultura, entendem a profundidade da proposta e compreendem o alcance dos resultados, que hoje extrapolam os limites e as fronteiras mogianas, e estendem seu alcance até o Velho Continente.
Afinal, quantas cidades do porte de Mogi Mirim podem se orgulhar de uma Banda e uma Sinfônica com o tamanho e qualidade das nossas? Pelo contrário, muitos daqueles que têm os instrumentos e as condições de incrementar o trabalho, estimular a cultura, abrir espaços para o crescimento do projeto Lyra, demonstram total desconhecimento do trabalho desenvolvido ali. Chamou a atenção as muitas cadeiras vazias reservadas para autoridades da cidade, que demonstraram desinteresse e desconhecimento da importância de um evento deste porte.
É inaceitável que ainda hoje, com tanta tradição e história para contar, não seja possível que o projeto de formação musical tenha o suporte ideal para o trabalho, sem assimilar que a Lyra não é apenas um projeto pessoal, é uma conquista que se formou através dos anos, transformando-se em motivo de orgulho.
O maestro Carlos Lima, que personaliza o trabalho de tantos professores, artistas dedicados, músicos voluntários, estudantes aplicados, disse na abertura do 4º Festimm que faziam música para o cérebro. E eu acrescento: também para o coração. Realmente, o resultado de tanto trabalho é música de qualidade, popular ou erudita, feita por jovens de todas as idades, com competência, dedicação e inspiração. O Festival de Inverno de Mogi Mirim é o fruto de um trabalho sério e que merece total reconhecimento. Se não chegou aos ouvidos de todos os mogimirianos, é uma pena. E um privilégio para aqueles que marcaram presença no que já é a agenda cultural mais importante da região.
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