Da Redação
11 de outubro de 2013Contrariando as mais entusiasmadas expectativas de mudanças na política local, o prefeito Gustavo Stupp (PDT) atravessou os primeiros meses de sua administração andando sobre a fina lâmina da parolagem, investindo tempo e argumentos para a construção de uma imagem de dinamismo e reformas. De imediato, muitos puderam perceber a distância abissal entre o discurso de campanha e a dura realidade que viria a se mostrar com o tempo.
Toda a modernidade propalada por uma eficiente campanha de marketing se diluiu com as evasivas e os primeiros e graves equívocos de sua equipe. Salvo um ou outro que se destacam por sua experiência profissional, viu-se que a alardeada competência de um secretariado com vencimentos inflados não passou de mais um icônico presságio da falácia que se vendeu. Não por acaso, vários dos comissionados tomaram outros rumos, e especula-se que até o final do ano a equipe deverá estar fracionada de modo surpreendente.
É evidente o descompasso entre as ações da atual Administração e as necessidades da comunidade. Mesmo os acertos do governo se perdem na incompetência de sua implantação e evidente falta de um programa de trabalho coerente, organizado e focado num projeto. Não há a mínima preocupação de estabelecer um vínculo com a sociedade, não se presta contas dos gastos e ações, tudo se resume a factoides que chegam a ser caricatos ou investimentos questionáveis em publicidade.
A pergunta que se coloca é qual o grau de competência de uma equipe que sequer consegue demonstrar afinidades e entrosamento. O famigerado organograma, uma peça ridiculamente vendida como um projeto desenvolvido especialmente para a cidade, acaba de ruir na esteira do Judiciário, e Stupp tenta recolher os cacos para levantar uma nova proposta de organização administrativa. Resvala mais uma vez na inconsequência de acreditar que o discurso pode superar a competência e a eficácia das ações administrativas.
Enquanto isso, o prefeito se assume como figura ectoplasmática pairando sobre os problemas corriqueiros e mundanos dos gabinetes, dedicando-se única e exclusivamente a amenidades políticas. Alguém precisa sugerir ao prefeito que o regime não é parlamentarista e não cabe uma postura de majestade. É preciso pulso de administrador, mentalidade de empreendedor, tato político e capacidade gerencial. Com todos os defeitos fartamente enumerados, pelo menos o seu antecessor Carlos Nelson Bueno tinha parte destas qualidades.
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