Da Redação
18 de fevereiro de 2014Desde tempos imemoriais que os reajustes das tarifas de transporte coletivo são feitos sob protestos e questionamentos. A concessão do serviço tem um inevitável caráter político, pois atende a uma grande parcela da população que depende de transporte público e cobra de administradores e governos melhores condições de mobilidade a um preço justo e acessível. Não à toa algumas mobilizações políticas adotaram a bandeira da tarifa zero como forma de desestabilização, propondo um modelo utópico e dificilmente aplicável a não ser por remanejamento de verbas e políticas oportunistas.
Nesta semana, a Viação Santa Cruz apresentou nova planilha de custos à Prefeitura de Mogi Mirim, pleiteando o reajuste das tarifas urbanas, abrindo uma nova etapa de negociações que passarão, sem dúvida, por um período de estremecimento. No ano passado, as manifestações de rua tiveram início justamente sob a bandeira da redução do custo de transporte coletivo.
O governo de Gustavo Stupp (PDT) teve no transporte coletivo uma de suas propostas eleitorais. A tarifa de R$ 1 foi alardeada e foi, sem dúvida, uma das mais cativantes promessas que, afinal, foi cumprida ainda no primeiro ano, ainda que sob um decepcionante formato que não contemplou mais de algumas centenas de beneficiados. É possível imaginar o peso político de um aumento neste ponto.
Em Mogi Mirim, houve especial radicalização por parte do grupo que se denominava Frente Libertária Mogimiriana, que pleiteava a abertura das planilhas de custo. Depois que tiveram acesso aos documentos, deitaram sepulcral silêncio sobre o caso denotando uma de duas hipóteses: não entenderam o que tinham em mãos ou tudo não passou de patética pressão sobre assunto sério.
A vereadora Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB) apontou falhas na documentação, no estabelecimento do valor da tarifa, no índice de depreciação dos veículos e até o custo de um funcionário de outra empresa, e fez denúncia no Tribunal de Contas e no Ministério Público, em processo concluso.
Desta vez, o melhor caminho é a total transparência do processo, até porque o contrato de concessão é claro e oferece os instrumentos necessários para a manutenção do sistema em condições ideais. Basta seguir a lei e aplicar rigor nas avaliações. Criar benefícios extraordinários sempre implica em repassar os custos para outros setores, penalizando a população da mesma forma e, em alguns casos, de forma imerecida e injusta.
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