Everton Zaniboni
14 de janeiro de 2014De modo a evitar a situação ocorrida no ano passado, em que após rodadas de negociações envolvendo o aumento salarial, os servidores optaram pela greve, o sindicato já planeja começar as negociações com a Prefeitura. Mas o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep), Antonio Maciel de Oliveira, o Toninho, já avisa: os trabalhadores não irão engolir a mesma situação por mais um ano.
Uma assembleia deverá ser marcada em fevereiro para a elaboração de uma pauta de reivindicações. (Foto: Lúcia Maroni)
Uma assembleia deverá ser marcada em fevereiro com os funcionários públicos para a elaboração de uma pauta de reivindicações. “Maio é o mês limite para entrarmos em acordo, mas já quero começar em fevereiro para mostrar a nossa organização. Creio que a situação neste ano é melhor financeiramente e com certeza irá sobrar um dinheiro maior para os servidores”, comentou.
Sobre a possibilidade da deflagração de uma nova greve neste ano, Toninho acredita que ainda é cedo para saber. “A greve é um último recurso, quando todas as possibilidades de negociações já se esgotaram. Quero acreditar que não vai acontecer, mas os servidores não vão engolir a situação do ano passado mais uma vez”, disse, se referindo ao reajuste de 6,34% oferecido pela Prefeitura no ano passado.
Para este ano, o sindicalista acredita que a proposta dos trabalhadores será superior a 7%, para que seja possível que as categorias recuperem o piso salarial já defasado. A contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teria como objetivo diminuir as disparidades salariais, porém, a equipe da instituição nunca foi apresentada ao sindicato.
“Até hoje, não sei o que eles estão fazendo. Ou estão esperando alguma coisa para nos mostrar, ou vão excluir o sindicato disso também”, revelou. A ação revela a falta de diálogo entre sindicato e Administração. Os casos da redução da jornada dos educadores e a equiparação salarial das auxiliares de creches são desconhecidas pelos representantes legais da categoria.
“Ainda não sabemos também como ficará a situação dos guardas municipais, porque o acordo coletivo que foi prorrogado em agosto, termina agora em 31 de janeiro e ninguém nos procurou”, acrescentou Toninho.
BALANÇO
O ano de 2013 para os servidores foi um ano de transtornos, aborrecimentos, desgastes e muito pesado, segundo descreve Toninho. “Esperávamos um pouco mais da administração. Para uma parcela dos servidores as mudanças teriam que ser rápidas, mas sabíamos que não seria possível”.
Com relação a greve, o presidente acredita que foi um grande aprendizado, mas que se novamente voltar a repetir, será difícil mobilizar tantas pessoas. “Não estamos prontos para outra greve”, admitiu. Essa foi a principal decepção para a categoria. “Entramos em greve nos lamentando. Ninguém queria fazer greve. Foi triste pra nós porque apoiamos (o prefeito) e cinco meses depois já veio essa decepção”, finalizou Toninho.
27 de maio de 2022
27 de maio de 2022
24 de junho de 2022
10 de junho de 2022
10 de junho de 2022
27 de maio de 2022
24 de junho de 2022
10 de junho de 2022
24 de junho de 2022
3 de junho de 2022
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.