Diego Ortiz
8 de julho de 2017Rosemar Coelho Neto, medalhista de bronze das Olímpiadas de Pequim, de 2008, no revezamento 4×100 do atletismo, aborda a curiosidade de ser casada com o filho do ídolo Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo.
Boteco – Como é ser casada com o neto do Adhemar Ferreira da Silva? Ele era um ídolo seu? Como é essa curiosidade?
Rosemar – Então. O Adhemar Ferreira da Silva foi sempre um ídolo dos atletas do atletismo e eu tive a oportunidade de conhecê-lo quando eu tinha 18 anos, em uma competição de Mar Del Plata, na Argentina. E aí quando eu vi ele pela primeira vez na pista, eu falei: “nossa, o Adhemar Ferreira da Silva”. Chamei: “posso tirar uma foto com você?”. E tirei, ele tirou uma foto comigo. E jamais imaginaria um dia casar com o neto dele. Então eu o conheci na minha infância, como atleta e depois fui ser mãe da bisneta dele, nós temos uma filhinha, a Valentina. E eu conhecia ele, é o maior orgulho hoje estar participando da família dele, juntando o útil… Porque a gente tem um projeto junto, tem um instituto e a gente faz um trabalho junto, em família. A Valentina é uma criança privilegiada.
Boteco – Como foi a sensação de após oito anos das Olimpíadas ganhar o bronze, com a punição à Rússia?
Rosemar – Pra mim uma sensação de dever cumprido, de uma atleta que teve um trabalho de 22 anos, com honestidade, dedicação e você saber que isso tudo valeu a pena, então pra mim foi motivo de muito orgulho, ainda mais ter encerrado uma carreira em 2014 com uma notícia dessa.
Boteco – Teve alguma curiosidade desta medalha?
Rosemar – Acho que todo mundo torceu tanto pela nossa medalha… A curiosidade da minha filha que agora todo mundo cita que tem três medalhas, mas nada diferente. As pessoas brincam: “nossa, a Valentina tem três medalhas olímpicas agora, ela tem duas de ouro (do bisavô Adhemar) e uma de bronze (da mãe Rosemar) dentro da família”.
Boteco – Alguma história curiosa na Olimpíada de Pequim?
Rosemar – A gente foi uma vez fazer um passeio e o taxista, lá também, começou a enrolar a gente. Nós vimos a equipe do tênis onde estava acontecendo o tênis e ele tinha rodado quase Pequim inteiro com a gente e a gente falava: “não, a gente quer ir pra Vila Olímpica”. E ele rodando. E aí a Elisângela falou assim: “vamos fazer o seguinte, a gente para com ele aqui na Vila, perto do tênis, a gente vai pegar o dinheiro que seria pra gente ter pagado até a Vila e dá na mão dele, abre a porta e sai correndo”. E a gente fez isso, saímos correndo e o taxista saiu correndo atrás da gente (gritando), a gente não entendia nada, foi bem engraçado.
Boteco – E vocês conseguiram fugir? Já foi um treinamento?
Rosemar – Conseguimos, já foi um treinamento, conseguimos, a gente se enfiou naquele monte de chinês, ele gritava. A Elisângela: “corre todo mundo”. E a gente se enfiou, foi um fato muito engraçado, de apuro também que a gente passou.
Boteco – E na Vila Olímpica, como foi a oportunidade de conviver com atletas de outros esportes, encontrou alguém que você idolatrava?
Rosemar – Eu tenho bastante ídolo no atletismo, mas o meu comportamento quando eu vi uma atleta e que eu conheci, eu tive oportunidade de tirar foto, mas pra mim eu estava em um Jogos Olímpicos que nem ele. Então o meu comportamento era não de tietar, eu nunca tive muito isso, a não ser que eu gostasse muito, que eu fosse muito fã.
Boteco – E teve algum?
Rosemar – Foi o Nadal, o Nadal, com a Mauren, com o Marílson, eu tenho foto, com pessoas que eu admiro muito.
Boteco – Valeu, Rosemar!
2 de Abril de 2018
21 de Abril de 2018
28 de Março de 2018
16 de Abril de 2018
21 de Abril de 2018
21 de Abril de 2018
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.