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Racismo no futebol: punição individual não adianta

Da Redação

29 de outubro de 2014

O racismo no futebol ganhou mais um capítulo quando torcedores do Grêmio gritaram insultos racistas ao goleiro do time adversário. Em meio às repercussões, surge a questão da responsabilidade do time, sobre até que ponto os clubes devem ser penalizados por atos de seus fãs. Casos recentes mostram que punições exemplares podem servir como exemplo e ajudar a diminuir a frequência de infrações dentro dos estádios.

Em 1985, quando Liverpool e Juventus disputavam a final da Copa dos Campeões da Europa, uma briga entre as torcidas resultou em 39 mortes. A União das Federações Europeias de Futebol  (Uefa) decidiu por banir não apenas o Liverpool, mas todos os clubes ingleses das suas competições por cinco anos. O castigo fez a Inglaterra inteira repensar suas ações no ambiente do futebol: um relatório elaborado por criminalistas provou a existência de grupos organizados, o que levou a criação de uma unidade especial da polícia para vigiar os chamados “hooligans”.

Em relação ao racismo, as punições são mais brandas. Recentemente, CSKA Moscou foi punido em 50 mil euros e jogou de portões fechados depois que sua torcida entoou cânticos discriminatórios em um jogo da Liga dos Campeões, contra o Viktoria Plzen, da República Tcheca. As seleções da Hungria e Bulgária também foram punidas recentemente por manifestações de racismo em jogos de suas seleções, recebendo multas de menos de R$ 100 mil, além de um jogo com portões fechados.

As punições ao racismo não seguem o mesmo rigor, apesar de o banimento ter se mostrado eficaz na conscientização das torcidas.

Sem penalidades duras, os casos de racismo no continente são cada vez mais frequentes. Num ato extremo, o jogador Yaya Touré, do Manchester City, alertou a Uefa de que, se providências não forem tomadas contra atos de racismo, jogadores negros podem boicotar a Copa do Mundo de 2018. No Brasil, as punições brandas levaram ao mesmo caminho: o Grêmio é reincidente no caso de racismo, e nunca havia sofrido consequências severas.

Nesse ano, ao arremessarem objetos em campo durante a primeira rodada do Campeonato Brasileiro, dois torcedores – um do Bahia e outro do Flamengo – foram denunciados por quem estava próximo, e acabaram sendo retirados da arquibancada. Os dois torcedores respondem por um processo no Juizado Especial Criminal (Jecrim), órgão responsável por lidar com os crimes cometidos nas praças esportivas.

O fato ocorreu depois de, nos últimos anos, inúmeros clubes serem punidos por arremesso de objetos no campo. Hoje, quem ainda comete esse tipo de infração tem que lidar com a denúncia de outros torcedores, que não querem ver seu time prejudicado. Casos como esses poderiam acontecer da mesma maneira para o racismo, em que os próprios torcedores indicassem quem cometeu o ato, a fim de evitar uma punição ao clube.

Nos últimos anos, dobraram as denúncias de racismo no Brasil: só em 2013, foram 425 casos, segundo a Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Dentro das quatro linhas, 14 casos se tornaram públicos desde fevereiro de 2013. O agravante que envolve as acusações dentro do ambiente futebolístico é a incapacidade de contar com a racionalidade, tanto dos torcedores quanto de quem os isenta da culpa. Protegidos pelo anonimato das multidões ou pela ótica da passionalidade, o cidadão dribla o Código Penal. É por isso que a punição penal individual não é suficiente para intimidar esse torcedor. Tudo aquilo que acontece dentro do estádio é de responsabilidade do clube: brigas, objetos arremessados ou racismo.

O futebol levou a imagem do Brasil para o exterior, principalmente através de seu maior ídolo: Pelé, um negro. No esporte que criou o orgulho e a integração nacional, a punição contra esse crime antiquado precisa ser um exemplo. Talvez seja ele, o esporte, um dos caminhos para a erradicação desse crime.

Jaqueline Zanoveli dos Santos é aluna de Jornalismo na PUC-Campinas

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