Da Redação
20 de dezembro de 2013Toda passagem de ano é uma oportunidade para se fazer um balanço das realizações e frustrações pessoais e profissionais. É uma mera passagem do calendário, um rito simbólico, que se encaixa na esperança de renovação de cada um, uma chance para recomeçar, para avaliar seus propósitos e traçar metas para um novo período. Esta é a roda-viva que renova as disposições, apaga diferenças, planta a tolerância e oferece oportunidades. Não por acaso vem cercada de luzes, festas, confraternizações.
A política oferece estas oportunidades a cada quatro anos, quando os ocupantes de funções públicas buscam a renovação de seus mandatos, convencendo seus eleitores de suas qualidades e prestando contas de suas ações. Por isso, é inevitável que os políticos estejam, como pessoas públicas, em constante avaliação de seus atos, pois, em essência, sua imagem é forjada no conceito que os cidadãos têm de seu desempenho. Tanto por isso, muitos se dedicam muito mais a cunhar uma persona carismática e populista do que realmente cumprir funções institucionais.
De todos os poderes republicanos, o Legislativo foi o primeiro a dar sintomas de um irreversível desgaste perante a opinião pública. Há tempos, vereadores, deputados e senadores caíram em descrédito evidente, fruto de um espírito corporativista que os joga na vala comum da corrupção sistêmica, da concessão de benefícios imorais e imerecidos, da impunidade que acoberta incompetência e arrogância, enfim, uma representação que ainda se esforça inutilmente para se mostrar útil e a serviço da sociedade.
Em Mogi Mirim, a Câmara de vereadores renova a esperança dos eleitores a cada quatro anos, com a promessa de uma mudança diante de um quadro generalizado de decepção com a atuação parlamentar. Quando se espera que a legislatura seguinte pode ser melhor, o que se vê é a repetição dos mesmos erros, o aviltamento da função parlamentar, verdadeiro balcão de negócios para acertar apoios e dívidas eleitorais. Os eleitores, ora os eleitores…
O balanço deste primeiro ano não é animador. A Câmara, já se disse exaustivamente, mostrou-se submissa, acrítica, sem responsabilidades diante de assuntos candentes. Faltaram oradores que se levantassem contra as pretensões maliciosas do Executivo e mesmo a defesa de uma autonomia que pode ser questionada cada vez que os vereadores se vergam à tutela do Gabinete do prefeito. Este não é o Legislativo que se espera e, se não houver mudanças a partir de 2014, Mogi Mirim estará condenada a um sistema político capenga, onde o Executivo dá as cartas e o Judiciário cumpre o papel fiscalizador, última salvaguarda dos cidadãos.
10 de junho de 2022
16 de junho de 2022
16 de junho de 2022
30 de junho de 2022
17 de junho de 2022
24 de junho de 2022
16 de junho de 2022
24 de junho de 2022
4 de junho de 2022
24 de junho de 2022
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.