Projeto quer estabelecer horário para carros-fortes em agências bancárias

O horário de parada de carros-fortes para descarregamento e abastecimento de malotes de dinheiro em agências bancárias de Mogi Mirim pode ser regularizado. Um projeto de lei de autoria do vereador e presidente da Câmara Municipal, João Antonio Pires Gonçalves, o João Carteiro (PMDB), quer estabelecer o horário de tráfego dos veículos de transporte, produzidos por um material reforçado e com lataria blindada capaz de resistir a tiros de diversos tipos de armas. Lido na sessão dos vereadores de segunda-feira, o projeto deve ser colocado em votação em agosto.

Em caso de aprovação, ficaria estabelecido no município que a circulação dos veículos de transporte de valores, no caso os carros-fortes, será permitida em dois horários do dia: pela manhã, das 8h às 10h, e à tarde, das 16h30 às 18h30, antes e após o expediente das agências bancárias da cidade. O projeto já existe em outros municípios do interior do Estado, como Limeira e Campinas.

Em dezembro do ano passado, agência do Banco Mercantil foi alvo de bandidos durante o dia. (Foto: Fernando Surur)

Caso seja aprovado, o projeto acabaria, em parte, com a insegurança dos funcionários e de boa parte dos usuários de bancos. Não são poucos os clientes que evitam utilizar os serviços no momento em que os carros-fortes estão estacionados em frente às agências.

A fiscalização quanto ao cumprimento do horário seria regulamentada pela Prefeitura. As empresas teriam o prazo de até 90 dias para adaptação das novas regras, a contar da regulamentação da lei.
O não cumprimento implicaria em multa de 500 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps).

Justificativa
O objetivo do projeto é garantir a segurança dos funcionários e dos clientes que utilizam os bancos, seja no Centro ou em outras regiões da cidade, no caso, na Rua Padre Roque.

“O dinheiro em si, tem todas as garantias, já que os seguros cobrem os roubos que possam ocorrer nas agências bancárias. Os usuários e trabalhadores das agências, por sua vez, em casos de assaltos e roubos, além de prejuízos financeiros, poderão adquirir traumas, sequelas pós-violência e até perda de vida”, diz um trecho do projeto.