Fernando Surur
7 de janeiro de 2015Ferramenta tida para muitos como um dos pilares da sociedade no que diz respeito à formação do ser humano e responsável pela transformação da vida de inúmeras pessoas pelo país afora, o esporte ganha cada vez mais força. Embora a estrutura ainda seja falha, o país esteja anos luz de potências esportivas espalhadas pelo mundo, e a menina dos olhos continue sendo o futebol, outras modalidades superam as adversidades e se destacam, muitas delas impulsionadas pela realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016.
Em Mogi Mirim, o crescimento não é diferente. Além de um campeonato amador de futebol competitivo e organizado, atletas de outras vertentes se destacaram ao longo do ano, com resultados de destaque na natação, tênis de mesa, pedestrianismo, e outras boas participações de competidores locais em modalidades como o atletismo, futsal, entre outras.
Pensando nisso, O POPULAR ouviu quatro representantes do esporte em Mogi, que dentre diversos tópicos, comentaram os pontos negativos, positivos, o momento e as perspectivas para 2015.
O comandante
O desejo de o esporte municipal ser liderado por alguém que tivesse uma larga experiência e bagagem no mundo esportivo tornou-se realidade com a chegada de Dirceu Paulino, ex-atleta profissional de vôlei, ao comando da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel). Após assumir a pasta, a cidade viu o retorno de inúmeras competições, como de corrida, ciclismo e o apoio, até financeiro, de modalidades na disputa de provas em outros municípios. Ciente das dificuldades, considera que o esporte vem crescendo no município. “Temos feito bastante coisa, estou confiante que tem melhorado, mas ainda está longe do ideal. A estrutura ainda é ruim, isso segura um pouco a gente. Fazemos o que dá, mas tudo o que contribuímos dá certo. O grande foco é o apoio”, comentou.
“Se não melhorou, está resgatando uma credibilidade que já não tinha mais”.(Foto: Arquivo)
Por outro lado, considera que a visão sobre a área já mudou no município. “O esporte, se não melhorou, está resgatando uma credibilidade que já não tinha mais. Já demos alguns passos e estou bem esperançoso (para 2015)”, completou.
O representante
Vereador desde o início de 2013, Daniel Santos (PV) tem como uma de suas principais bandeiras o esporte. Com passagem por diversos clubes do futebol amador, segue a mesma linha de Dirceu em relação à estrutura, considerada por ele o alicerce para a formação de novos talentos. “Vejo (o momento) como positivo, mas precisamos melhorar a infraestrutura, porque as peças e as pessoas estão fazendo um bom trabalho. Temos muita qualidade no esporte. Se tivéssemos uma estrutura bacana, faria com que outros esportistas começassem a aparecer”, comentou.
O tempo para que isso possa virar realidade é demorado e ainda distante, admite ele. “O sonho da gente era ver o mais rápido possível, mas é um processo lento”, confessou, completando que a cidade peca por não possuir um espaço público, como ginásio ou área esportiva.
A experiência
Ex-atleta e gerente de futebol do Mogi Mirim Esporte Clube, Henrique Peres Stort vive o esporte com paixão e o encara como uma religião. Munícipe que torce pelo crescimento na cidade, crê que deva haver uma soma de esforços para melhorar o atual cenário. “As mudanças necessárias na nossa cidade passam por um comprometimento de todos os envolvidos: família, escolas, comunidade e, principalmente do Poder Público”, opinou.
“Seria desejável uma união das Secretarias de Educação, Cultura e Esportes”. (Foto: Arquivo)
Aliás, o papel da Prefeitura é essencial. “Seria desejável o aumento da verba específica para o esporte, e uma união das secretarias de Educação, Cultura e Esportes, estabelecendo projetos comuns e complementares de curto, médio e longo prazos”, justificou.
A perseverança
Atleta destaque no mundo esportivo, seja em maratonas e modalidades de inverno, como o ski nórdico e cross-country, Mirlene Picin é uma lutadora. Com força de vontade e ajuda de patrocinadores, supera desafios e a cada mês leva o nome de Mogi Mirim para o mundo. Considerando o esporte por dois pontos de vista distintos, o de direito e dever do cidadão, e o de alta performance, a qual faz parte, confessa que percebeu evolução neste ano, mas que o caminho até o ideal ainda é longe. “O esporte estava esquecido no município, 2014 foi um ano bem mais ativo, mas ainda falta e muito. Falta esporte para o cidadão comum, falta apoio para o atleta da cidade que representa um país e toda uma sociedade”, alertou.
Mais incentivo e melhor estrutura aumentaria a prática e a lapidação de talentos, segundo ela. “As pessoas só terão o interesse da prática esportiva se tiverem espelhos e modelos a serem seguidos, principalmente os jovens”, argumentou.
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