Lucas Valério
26 de maio de 2018No segundo capítulo de suas histórias no Boteco, o ex-zagueiro Nardo relembra uma confusão depois de tomar um drible, duelos com atacantes, uma noitada antes de um jogo decisivo e uma viagem que irritou a namorada (hoje esposa).
Boteco – Fora do lance, você nunca chegou a agredir?
Nardo – Teve um lance uma vez com o Marcinho Prado, hoje ele conversa comigo.
Boteco – O Marcinho sempre provocava…
Nardo – Esse rapaz era f… E uma vez ali jogando no Mirante, eu não tive base, não tive nada. Até pra cair, eu sou feio. Ele é canhoto, do lado esquerdo assim, ele foi chutar e a gente pra não deixar a bola, sempre pulava, pulei para tirar a bola, mas ele não chutou, ele cortou assim, e a hora que eu caí, eu torci o joelho. Aí ele saiu dando risada. Aí eu caí, já sai correndo atrás dele com o joelho ruim mesmo.
Boteco – Conseguiu pegar?
Nardo – Depois, tive um rolinho com ele, depois do jogo, lá no campo do Mirante, no mesmo dia. Tanto que teve um soco. Não sei se era medo, que é que era, ele não quis brigar. Na verdade, acho que foi uma ignorância minha, porque foi lance de jogo. Só que não acho justo uma pessoa fez o drible e sair tirando sarro. E ele sempre fez isso, com qualquer outra pessoa, mas uma hora ele ia pegar alguém com um temperamento, às vezes foi o que aconteceu.
Boteco – Você já chegou a ir direto da noite pro jogo?
Nardo – Teve uma final da Vila Dias ou semifinal, eu fiquei até tarde pra rua. Cheguei muito tarde em casa, o Nelsinho, você deve conhecer que é polícia hoje, atacante. Saiu ele, mais um amigo nosso. Ele falava: “vamos lá, eu jogava na Vila Dias, muitas vezes fui campeão, só chegando de madrugada”. “Vamos lá, então”. “Se quer que a gente seja campeão, vamos lá”. Aí a gente foi num baile, sabe aquele posto RVM no Guaçu, perto do Hospital Tabajara, antigamente tinha um baile ali, um posto, uma lanchonete, tinha um bailinho sempre ali. A gente frequentava muito ali. Então, dali fui embora pra casa, mas cheguei baqueado, não vai. Aí nunca mais, não ajuda em nada, não.
Boteco – Como foi marcar o Preto, após ser campeão com ele na Vila Dias? É o habilidoso que você diz ser difícil de marcar?
Nardo – Difícil, esse é habilidoso e de cabeça, então? Não tem pra ninguém. É o beija-flor. Uma historinha boa: “você não consegue me marcar”. Ele falava. “Você não consegue fazer gol”. “Como que não? Eu estou te marcando, se você não tá fazendo gol é porque eu tô conseguindo te marcar”. Teve um ano também que joguei na Vila, marcar o Vírgula não é fácil, o jeito de ele jogar, igual eu falo, era rápido e driblador, habilidoso, já complicava um pouco, mas sempre tivemos uma disputa sadia. Mas foi só um ano também. Com ele eu fui campeão em 2011.
Boteco – E as viagens?
Nardo – Teve uma que o pessoal ia de ônibus, aí eu inventei de ir com o Zezinho, pela Vila Dias, eu queria vir embora que era começo de namoro, queria chegar em casa logo, vim com o carro, pulei a lombada, quebrou o escapamento. E o carro dele era muito chamativo, veio com aquela barulheira lá da Holambra até aqui em Mogi. Cheguei tarde em casa.
Boteco – E a namorada?
Nardo – Namorada (atual esposa) já xingou: “aonde tava?”.
Boteco – Não acreditou que quebrou o carro?
Nardo – Não acreditou (risos). Não acredita, quis chegar em casa logo, piorou.
Boteco – Nardo volta para comentar curiosidades e contar histórias de confusão como árbitro no futebol amador.
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