Lucas Valério
18 de agosto de 2018Com padrinhos e primos em Mogi Mirim, o engenheiro mecânico Murilo Castanho Marin, de 27 anos, integrou a equipe brasileira campeã do Clash Bots, campeonato de MMA de robôs promovido em um reality show da emissora iQIYI, da China. No Boteco, Murilo aborda curiosidades da competição.
Boteco – Olá Murilo! Qual sua relação com a cidade de Mogi Mirim, tem muitos parentes na cidade?
Murilo – Tenho 2 tios e tias que moram na cidade. Um deles é meu padrinho/madrinha. Desde criança, sempre fui muito para Mogi Mirim na casa dos meus padrinhos e tenho uma ligação muito forte com meus primos que moram na cidade.
Boteco – Como você iniciou a participação em competições de MMA de robôs? É uma modalidade que existe há quantos anos?
Murilo – Iniciei em 2010, quando entrei na UNIFEI (Universidade Federal de Itajubá), participei do processo seletivo da equipe e, desde então, participo de competições no Brasil, EUA e agora China. Um dos campeonatos mais divulgados foi a Battlebots nos EUA que foi televisionado em 2000, onde começou a popularizar o esporte. No Brasil o primeiro campeonato foi em 2001, na UNICAMP-Campinas.
Boteco – Trata-se de uma equipe independente formada por engenheiros ou vocês representaram alguma universidade?
Murilo – A nossa equipe é formada por ex-membros da nossa equipe da faculdade, foi lá que nos conhecemos e que começou toda a nossa paixão por robótica. Ao sair da equipe que representava a universidade, criamos essa equipe independente com o intuito de continuarmos fazendo o que gostamos e indo às competições para rever velhos amigos.
Boteco – O que seus amigos falam quando você diz que viajou à China para esta competição?
Murilo – Meus amigos acharam incrível, torceram e incentivaram desde o início! Ao mesmo tempo, sempre brincavam que eu iria me tornar um pop-star chinês. Quando tento explicar o que é o campeonato, muitos falam que já viu algo parecido ou já viu em algum filme, mas a maioria acaba tendo uma ideia completamente diferente do que é!
Boteco – E acontecia de você ser reconhecido na rua?
Murilo – Fui reconhecido na porta da emissora e no metrô.
Boteco – Você teve a oportunidade de vivenciar a cultura chinesa, nos momentos de folga? Passou por algo inusitado?
Murilo – Ao todo foram 6 viagens para a China e no total fiquei 61 dias lá. Foi bastante diferente, pois eu estava lá mais a trabalho, então consegui vivenciar uma realidade do que é realmente morar na China bem mais intensa.
Boteco – O que te chamou mais a atenção?
Murilo – A cultura deles, muito diferente da nossa, principalmente nos quesitos de respeito aos mais velhos e honestidade. Ao mesmo tempo não são um povo educado (quanto à limpeza, educação no trânsito, cortar filas, etc.).
Boteco – 35 equipes do Mundo competiram. Por qual motivo vocês foram os representantes do Brasil?
Murilo – 14 eram estrangeiras, 21 chinesas. Dessas 14, tiveram representantes da Inglaterra, Rússia, Índia, País de Gales, Taiwan, Estados Unidos e Brasil. Nós fomos selecionados, pois a nossa equipe ficou em 3º na categoria Lightweight (27,2kg) na Robogames em 2017 (a maior competição de robôs de combate do mundo, nos EUA).
Boteco – Nos EUA, vocês foram os únicos brasileiros?
Murilo – Não. Ao redor do mundo, o Brasil é referência na guerra de robôs. Nos EUA, 6 equipes brasileiras participam e normalmente estão sempre presentes nos pódios do mundial.
Boteco – Murilo volta para abordar curiosidades como a escolha dos times no reality e a vitória histórica em luta contra um robô norte-americano, que acabou pegando fogo.
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