Da Redação
18 de outubro de 2014No último capítulo de seu bate-papo no Boteco, Müller aborda clássicos pelo São Paulo contra o Corinthians, decisões especiais em sua carreira e conta um caso de Telê Santana, dentre outros temas.
Boteco – No gol contra o Milan na final do Mundial, você disse realmente para o Costacurta: “esse gol é para você, seu palhaço”?
Müller – Sim, eu sempre digo, final de campeonato os nervos estão à flor da pele, você acaba perdendo o equilíbrio, principalmente quando faz o gol, foi nesse momento de explosão, do terceiro gol, que eu perdi um pouco o equilíbrio, mas é uma coisa da partida, dentro de campo, o extra-campo é totalmente diferente.
Boteco – Nos confrontos contra o zagueiro Marcelo Djean, no Corinthians, você sempre acabava dando um drible desconcertante, todos esperavam e acabava acontecendo. Vocês já chegaram a conversar sobre isso?
Müller – Todo clássico é especial, você quer ganhar, jogar bem, fazer gol. Contra o Marcelo, sempre superei ele e sempre fiz gols contra o Corinthians. O clássico é assim, um quer superar o outro.
Boteco – Você também deu o passe para o Raí na final do Mundial contra o Barcelona… Existe a questão do jogador que cresce nas decisões e o que pipoca, sente a pressão?
Müller – Existe, o maior exemplo sou eu (risos). Tem jogador que chega na final, em clássico, e não produz o que pode produzir e vice-versa.
Boteco – Dos seus parceiros, qual foi o que mais te marcou?
Müller – Tive vários companheiros que gostei muito, Válber, Careca, Sidney, Oscar, Dario. Tive o privilégio de jogar com grandes jogadores, o que só enriqueceu meu futebol.
Boteco – Em campo, você tinha uma inteligência acima da média, mas você chegou a se deixar levar pelos prazeres que o futebol oferece fora de campo?
Müller – Quando garotão, sim. Mas depois de experiente, você acaba se acostumando, se torna uma coisa comum e você tem capacidade e inteligência para poder administrar a fama e o sucesso.
Boteco – Alguma história curiosa com o Telê Santana?
Müller – Um dia a gente estava indo jogar em Assunção, o São Paulo tinha contrato com a TAM e a gente voava sempre com a TAM, só os jogadores, comissão técnica e diretoria. E um conselheiro do clube sentou do lado do Telê Santana. E naquela época não tinha lei do cigarro. E ele fumando ao lado do Telê Santana. E o Telê não gostava que ninguém fumasse perto dele. Ele deu uma dura no conselheiro, que ficou todo sem graça e nunca mais viajou com a gente (risos).
Boteco – Em relação a Luxemburgo e Leão, alguma história curiosa?
Müller – Não estou lembrando agora, mas foram treinadores excelentes que eu tive privilégio de trabalhar, Levir Culpi e Paulo Autuori também. São treinadores que são referência pra outros treinadores do Brasil.
Boteco – Você lembra de alguma história em relação a antes das decisões, a preparação? Como você se preparou para as duas finais de Mundial?
Müller – Preparação é pessoal, individual, cada jogador tem o seu ritual, eu tinha o meu também, mas tudo bem simples, mas nada de especial, mesmo porque o especial era entrar em campo, fazer gol e ganhar o campeonato.
Boteco – Valeu, Müller!
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