Da Redação
19 de junho de 2019Mogi Mirim tem três casos confirmados de meningite, com duas mortes. Um bebê de cinco meses, do sexo masculino, do Parque do Estado II, zona Norte, e uma mulher de 54 anos, residente no bairro Boa Vista, zona rural, morreram em função de meningite bacteriana. A informação foi confirmada na terça-feira, dia 18, pela Prefeitura, através da Secretaria de Saúde.
A doença teve seu diagnóstico baseado pelas características clínico-laboratoriais dos pacientes, mas a Secretaria aguarda o resultado de exame do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para identificar o agente causador da meningite. As mortes ocorreram em um espaço de 30 dias.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o bebê recebeu os primeiros atendimentos no Pronto Socorro de Mogi Guaçu, que posteriormente encaminhou o paciente para a Santa Casa de Mogi Mirim. Contudo, ele faleceu em menos de 24 horas após a internação.
Já a mulher ficou hospitalizada no Hospital 22 de Outubro durante uma semana, mas não resistiu aos efeitos da doença e veio à óbito.
Além das duas mortes confirmadas, o município possui um terceiro caso de meningite, também em uma mulher, de 60 anos. Internada na Santa Casa durante 15 dias, ela recebeu medicação adequada, correspondeu ao tratamento e teve alta na terça-feira.
Em Mogi Mirim, a vacina contra a meningite tipo C está disponível para crianças e adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A primeira dose da vacina é aplicada a bebês de três meses de idade; a segunda, com cinco meses; e, a terceira dose, para um ano de idade.
O reforço na imunização acontece dos 11 aos 14 anos. Para vacinar, basta apresentar a carteira de vacinação. Clínicas particulares oferecem a imunização ao restante da população, voltado para os demais sorogrupos da doença, no caso, o tipos A, B, C, W e Y.
A Secretaria de Saúde recomenda a vacinação contra a meningite no município (Foto: Agência Brasil)
Embora a vacina proteja contra a doença e tenha efeito prolongado, hábitos diários podem evitar o contágio. “Uma das medidas preventivas não é só a vacina, mas também frequentar lugares arejados, ao espirrar ou tossir colocar lenço na boca, e a questão da higiene pessoal, como lavar bem as mãos é essencial”, enfatizou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Joalice Penna Rocha Franco.
Baixa cobertura
Aplicada diariamente na rede pública, a vacinação contra a meningite ainda é baixa na cidade. Em criança de nove anos, a cobertura vacinal atinge apenas 0,17%, enquanto com 12 anos a abrangência é de 10,81%. Adolescentes de 14 anos correspondem a 3,38% da cobertura. Em relação a crianças menores de 1 ano, a cobertura é satisfatória, de acordo com a secretaria municipal.
“É importante que os responsáveis levem seus filhos adolescentes para as unidades de saúde tomar a vacina, para avaliação da carteira de vacinação e a necessidade de aplicação. Quem nunca tomou precisa tomar”, reforçou Joalice.
O que é a meningite?
O Ministério da Saúde informa que a meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causada por diversos agentes infecciosos, ou também por processos não infecciosos como, por exemplo, medicamentos e neoplasias.
Entre os agentes infecciosos, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.
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