Da Redação
20 de maio de 2015O Mogi Mirim fechou o ano de 2014 devendo R$ 10.457.960,00. Deste total, 10.364.840,00 são devidos ao presidente Rivaldo Ferreira, que emprega recursos para manutenção do clube em forma de empréstimos. A novidade em relação aos credores do Mogi é que o clube passou a dever também para a C.S.R. Eventos, Turismo e Promoções Esportivas LTDA, empresa de Rivaldo. A dívida com a C.R.S. era de R$ 93.120,00. Originalmente, a C.R.S. era de Rivaldo em sociedade com o ex-jogador César Sampaio e o empresário Carlos Arini. Porém, a sociedade foi desfeita há tempos e Rivaldo hoje detém pouco mais de 99% da empresa, com uma pequena porcentagem sendo de sua esposa. Segundo o advogado do Mogi Mirim, Betellen Dante Ferreira, o empréstimo da CSR foi apenas por questão de movimentação financeira, pois em dado momento foi mais fácil fazer o empréstimo via empresa que por pessoa física.
Os dados foram apresentados em balanço divulgado em abril de 2015, produzido pela LAM Auditoria Independente, contratada pelo clube. A empresa realiza os balanços anuais do Mogi.
Advogado Betellen Dante Ferreira e Rivaldo, que investe no Mogi Mirim em forma de empréstimos.(Foto: Arquivo)
Desde que Rivaldo assumiu o Mogi em outubro de 2008, a dívida com o ex-jogador no final de um ano nunca foi tão alta. A tendência é que a dívida atual já esteja ainda maior. O balanço de 2015 será apresentado somente no ano que vem. O ano em que o clube fechou devendo mais foi 2012, quando o Mogi Mirim também devia para o empresário Hélio Vasone Júnior, ex-representante da Energy Sports, que era sócio de Rivaldo no comando do Sapo e também investia na equipe em forma de empréstimos. O Mogi fechou 2012 devendo R$ 16.366.394.
A conclusão do balanço é a mesma dos últimos anos, apontando que a permanência das atividades do Mogi está em risco em função das dívidas. A conclusão aponta que a situação será revertida somente com medidas que enfatizem redução dos custos fixos, aumento das receitas, readequação estrutural e aporte dos recursos, aliados à melhoria substancial da gestão dos valores.
O montante devido pelo Mogi Mirim a Rivaldo preocupa em termos de como o clube conseguirá quitar a dívida com seu presidente. A quitação da dívida com Vasone, que deixou o clube depois do Paulistão de 2013, foi acertada com a cessão de direitos econômicos de diversos jogadores do clube para o empresário, como Roni e Caramelo, depois transferidos ao São Paulo. O clube viveu o momento de maior endividamento com a sociedade entre Vasone e Rivaldo, até pelo investimento na equipe ser maior, o que resultou em dois times de destaque no Paulistão, com o Troféu do Interior em 2012 e a equipe semifinalista de 2013.
CTs
A dívida do Mogi com Rivaldo no final de 2013 já estava maior do que o valor quitado pelo clube com a transferência dos Centros de Treinamento (CT) para o nome do ex-jogador como forma de acertar dívidas. A transferência do CT de Mogi Guaçu ocorreu em setembro de 2013, com o abatimento de R$ 6.320.000,00 na dívida do Mogi com Rivaldo. Já o CT da estrada de Limeira foi transferido para Rivaldo em outubro de 2013 com o abatimento de R$ 550 mil na dívida. No total dos dois CTs, foram abatidos R$ 6.870.000. Mesmo assim, no final de 2013, o clube ainda já devia R$ 6.985.191 ao ex-atleta.
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