Lucas Valério
8 de novembro de 2014Ex-volante do Corinthians nas décadas de 80 e 90 e hoje técnico, Márcio Bittencourt relembra a chegada de Rivaldo no Timão, acompanhado de Leto, Válber e Admílson.
Boteco – Você lembra de algum confronto contra o Carrossel Caipira, de Rivaldo, Leto e Válber?
Márcio – Lembro, era um time fantástico. Eu lembro da primeira vez que o Rivaldo chegou no Corinthians.
Boteco – Como foi?
Márcio – (risos) Chegou com o Leto, Válber… Caipira para caramba, todo tímido. Depois comprou um carro Uno, daqueles amarelinhos com faixinha preta, cara muito simples, um cara gente boa demais.
Boteco – Quando chegaram os três, junto com o Admilson lateral-esquerdo, entre vocês do elenco, quem era o jogador que vocês falavam: “esse é o melhor?”. Já era o Rivaldo?
Márcio – Não, a gente achava que era o Válber. A gente achava que seriam o Válber e o Leto. O Rivaldo surpreendeu. Realmente surpreendeu, mas todos foram grandes jogadores.
Boteco – O Leto poderia ter chegado mais longe?
Márcio – O Leto fez um campeonato maravilhoso com o Mogi Mirim, mas no Corinthians a cobrança era diferente, a competição era diferente, eu acho que ele não teve tanta chance, não deram a oportunidade para ele.
Boteco – O Mário Sérgio?
Márcio – É, complicou um pouco, mas é um grande jogador e um grande amigo, assim como o Rivaldo. Aquela equipe do Corinthians absorvia bem os amigos, o pessoal que chegava de uma temporada para outra, o grupo era muito unido.
Boteco – E aqueles confrontos contra o Palmeiras na época da fila palmeirense, o que você lembra das decisões?
Márcio – O pior jogo sempre foi contra o Palmeiras, nunca contra o São Paulo. Hoje diz que acabou, né? Agora é contra o São Paulo. Mas na minha época era Palmeiras.
Boteco – E as polêmicas com Edmundo?
Márcio – Eu chegava reio nele, não dava moleza (risos).
Boteco – E ele também, né? Deu uma entrada no Paulo Sérgio na final do Paulista…
Márcio – Ele sabia onde ele lenhava, não era bobo, sabia onde batia. Coisas do passado, gostoso de relembrar, é um grande amigo.
Boteco – Tinha alguma estratégia para desestabilizar o adversário, você falava alguma coisa?
Márcio – O futebol tinha menos câmeras, era mais competitivo, você se protegia, não é que você batia, mas era um futebol mais técnico, mas um pouco mais viril.
Boteco – Quem foi o meia mais difícil de marcar?
Márcio – Teve vários, Pitta, Raí, todo grande clube tinha um meia bom, time da Portuguesa era fantástico, Edu Manga, naquela época tinha meia, hoje não tem mais.
Boteco – Fala-se que hoje só tem o Ganso, concorda?
Márcio – Mas o Ganso naquela época não jogaria, tinha cara muito acima dele, hoje ele é o cara, bem diferenciado dos outros, faz parte. Futebol hoje está muito diferente, é pegada, marcação, time não deixa jogar e daí segue.
Boteco – Márcio volta para relembrar momentos inesquecíveis pelo Corinthians como a conquista do Paulistão de 1988 como jogador e a passagem como treinador do elenco de estrelas com Tevez, Carlos Alberto & Cia. em 2005, ano em que o Timão faturou o Campeonato Brasileiro.
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