Lucas Valério
26 de julho de 2014“Estamos pensando, não. Vamos entrar na justiça”. Com essa convicção, o advogado Aluísio Cortez, um dos fundadores da Torcida Organizada Mancha Vermelha, respondeu se realmente pensa, ao lado de outros interessados, em buscar na justiça a anulação da transferência dos CTs do Mogi Mirim para o presidente Rivaldo Ferreira. Os imóveis foram transferidos como parte do pagamento de dívidas com o ex-jogador. O movimento envolve a Mancha, proprietários de cadeiras cativas e antigos associados, como o ex-presidente do Conselho Deliberativo Hélcio Luiz Adorno, o Luizinho, que é advogado. Outro nome é o ex-gerente de futebol, Henrique Stort.
A intenção é entrar com uma representação nos próximos dias no Ministério Público, aguardando que a promotoria instaure um inquérito. Se o MP não agir, o grupo entrará na justiça buscando a anulação. Caso o MP apure o caso, é possível que a própria promotoria entre com ação. Se a promotoria entender não ter competência legal para questionar o patrimônio, a Mancha Vermelha como associação deve entrar com uma ação civil pública. Ações paralelas ainda podem ser impetradas por associados. Não está descartada, a possibilidade de contratação de um advogado especializado de São Paulo pelo grupo.
Uma ideia é reivindicar a indisponibilidade dos imóveis para que não possam ser vendidos ou que neles seja construído algo enquanto não se decidir se Rivaldo é legalmente proprietário. A venda de 14 apartamentos do Mogi também será alvo do grupo.
A intenção é defender o interesse coletivo de ser o clube um patrimônio da cidade.
Na transição da gestão Barros para a atual administração, os associados ligados ao ex-presidente se desligaram, com exceção de Adorno e João Queiroz, que permaneceram mais um período no Conselho Deliberativo e entendem serem ainda sócios. Da mesma forma, outros seriam sócios por não terem pedido a desfiliação e irão participar da representação.
Estopim
Cortez revelou que ainda não haviam acionado a Justiça, pois esperavam uma retratação de Rivaldo, porém diante das recentes manifestações perceberam não haver outro caminho. A manifestação de Rivaldo provocando as pessoas a entrar na Justiça foi o estopim. “Eu interpretei como desafio e aceitei o desafio, não podemos correr o risco de deixar o Mogi fechar as portas sem patrimônio e com dívidas”, afirmou.
Advogado Cortez se sentiu desafiado por Rivaldo: “aceitei o desafio”. (Foto: Diego Ortiz)
Entre os argumentos usados para anular a transferência está mostrar que Rivaldo não distinguiu o patrimônio do clube de sua pessoa física, usando da condição de presidente para tomar para si algo da associação. Outro ponto foi a obrigação de não fazer assumida quando se comprometeu a não dilapidar o patrimônio do clube. O entendimento é que se o Mogi contraiu dívida é pela má administração. “Independente do resultado, amanhã vou poder colocar a cabeça no travesseiro e saber que o que eu pude fazer pelo clube que eu amo, eu fiz”, frisou Cortez.
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