Ludmila Fontoura
28 de março de 2014O Golpe Militar de 1964 que conduziu o Brasil a ditadura militar faz cinquenta anos em 2014 e para recordar toda consequência social e política do fato histórico, a Secretaria de Cultura de Mogi Guaçu irá promover três atividades. Durante a semana, haverá fórum, depoimento de cidadão guaçuano afetado pelas restrições da ditadura, além de uma exposição de fotografias sobre a época. Os eventos são gratuitos e qualquer pessoa poderá participar.
“Manter viva a análise sobre esse período da história significa compreender que o perigo de um novo golpe civil-militar contra a sociedade não passou. Em uma ditadura o primeiro dano para a sociedade é a aniquilação da cidadania. Quando as pessoas deixam de usufruir da liberdade de expressar suas ideias e projetos para a sociedade em que vivem, já não são mais cidadãos, mas apenas seres autômatos”, destacou o doutorando em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, professor e coordenador do curso de História das Faculdades Integradas Maria Imaculada (Fimi), de Mogi Guaçu, Glauber Biazo.
Quem tiver interesse, a primeira atividade acontecerá na segunda-feira, quando será realizado o fórum no Centro de Convergência Cultural, conhecido como Estação Cultura. O evento tem início às 19h30 e o fórum será realizado pelos professores do curso de História da Fimi. Já no dia 3 de abril, haverá o depoimento de Augusto Legáspe, professor de História e Geografia da cidade de Mogi Guaçu, que foi afetado durante a ditadura militar. O bate-papo será realizado na sala de vídeo do Centro Cultural em dois horários às 9h e às 14h. Para complementar o tema, uma exposição com reprodução de fotos de reportagens será montada no Centro Educacional Guaçuano de Ensino Profissional (Cegep) no até o dia 25 de abril.
“Questionar é fundamental, exigir melhoria é indispensável. Enquanto a sociedade brasileira for capaz de demonstrar seu descontentamento e souber cobrar seus representantes não haverá espaço para ditaduras civis e militares. Já a apatia e o afastamento dos cidadãos do espaço público devem servir de alerta para que as forças democráticas redobrem o trabalho”, pontuou Biazo.
Confira a programação do fórum:
Prof. Me. Marcelo Rocha Campos: “Reflexões acerca do Golpe Civil-Militar de 1964. Uma perspectiva histórica do imaginário político brasileiro da época”.
Profª. Me. Samantha Lodi-Corrêa: “Onde está esse Sófocles? A censura e sua violência na ditadura civil-militar brasileira”.
Prof. Me. Glauber Cícero Ferreira Biazo: “Barbárie à brasileira: perfil dos atingidos, órgãos repressores e tortura nos anos de chumbo”.
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