Da Redação
25 de outubro de 2014Artilheiro do Corinthians na histórica conquista de 1977, quando o clube saiu de uma fila de mais de 20 anos sem ganhar o Paulista, o ex-centroavante Geraldão aborda o Timão e o título especial.
Boteco – Muitos falam que jogar no Corinthians é diferente, mas há quem diga que é igual aos outros times. É diferente?
Geraldão – É, é outra coisa, apesar de que não joguei em outras equipes grandes de São Paulo. Joguei em grandes de Porto Alegre, Grêmio, Internacional. Mas no Corinthians, você chega, só de ver a torcida já é emocionante. Diferente dos outros, a torcida do Corinthians parece que contamina o jogador e eu que sempre fui corintiano, quando cheguei ali foi tudo, meu sonho, consegui graças a Deus chegar e tirar o Corinthians daquela agonia, que não só os torcedores, como eu também estávamos sempre contando nos dedos, 21, 22, 23 anos, sem ser campeão. E ser campeão ali dentro foi a melhor coisa da minha vida. Tenho certeza que qualquer jogador que chega no Corinthians tem essas emoções, porque o corintiano dá a condição do cara ter essas emoções.
Boteco – Qual seu jogo inesquecível pelo Corinthians?
Geraldão – Vários, em 76 no Maracanã (“invasão corintiana” contra o Fluminense) foi inesquecível, mas o mais importante foi a final de 77. Era um campeonato que a gente estava esperando, batalhamos muito, ficou na história.
Boteco – Como você encara quando falam que houve armação, sacanagem na final?
Geraldão – Eu encaro como normal. Eu não acho que houve armação, pode ser que houve, mas depois que foi expulso o Rui Rei, ficou muito mais difícil para o Corinthians, porque quando ele estava jogando só tinha dado Corinthians, a gente só estava atacando umas seis vezes. Se você prestar atenção no teipe, até os 21 minutos, só tinha dado Corinthians. Depois que foi expulso o Rui Rei passou a dificultar, porque a Ponte voltou tudo para trás e começou a fechar ali. Mas acho que naquele jogo nós estávamos determinados e se o Rui Rei tivesse jogando de qualquer maneira a gente ia conseguir o resultado.
Boteco – Hoje o Corinthians tem Libertadores, Brasileiro, Mundial. Naquela época tinha só o Campeonato Paulista, que tinha assim toda aquela importância. Como era a reação dos corintianos ao encontrá-los nas ruas?
Geraldão – Era muito boa, encontrava na rua, era saudado e esse campeonato de 77 foi o que abriu as porteiras pros outros. Voltou a ser campeão em 79 novamente, depois em 81. A partir daquele momento que tirou aquela agonia que qualquer jogador que chegava não era fácil. Antes de ser campeão em 77, não era fácil, a emoção era grande.
Boteco – Em vestiário qual história mais te marcou?
Geraldão – Foi um Corinthians x Internacional, em Porto Alegre. O Duque (técnico do Corinthians) fez a gente se trocar no corredor, porque jogaram um veneno no vestiário, não dava para a gente entrar. E o Duque ficou naquela: vamos entrar, não vamos. No final, acabamos entrando.
Boteco – Geraldão volta para abordar a experiência em Porto Alegre, a parceria com Sócrates e revelar como lidava com marcadores violentos e qual foi seu melhor marcador.
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