Da Redação
28 de fevereiro de 2015De volta ao Boteco, o técnico Galileu Araújo relembra curiosidades da especial conquista do Rural de 2013 pelo Pombal.
Boteco – Qual foi seu título rural mais marcante?
Galileu – O primeiro foi gostoso, mas em 2013 que foi independente, que o João Carteiro e o Bombarda fizeram, homenagem ao Baiano, cresci jogando bola com Baiano… Ganhamos o primeiro jogo da final de 2 a 1 na Piteiras, time da Piteiras bom, com Luciano Bridi, Nilson, Neury. E o Leandro Pintado foi o cara, caçado o jogo inteiro, jogou demais. E em casa, podia perder por um gol de diferença, que era campeão. Time começou bem. Time da Piteiras era muito alto. Cruzaram uma bola alta: 1 a 0 Piteiras. Aí passaram 10 minutos, o Adriano chutou de fora da área, no ângulo: 2 a 0. Nossa, será que vai voltar aquela sina de perder em casa de novo? Porque eu não tinha sido campeão em casa, porque a final do Rural era sempre na cidade, nunca tinha sido campeão no Pombal. O Pombal já, mas eu era pequeno, lá dentro comigo não. Aí sentei lá e fiquei quase chorando de nervo, de ódio. Nem gritar mais eu conseguia. Acabou primeiro tempo. Aí eu mudei o time. Faltando 20 minutos, 2 a 0 Piteiras. Antes de começar, eu tinha conversado com o pai do Willian, o avô do Willian foi um dos fundadores do Pombal. Ele chegou: “dá 10 minutos pro meu filho, 10 minutos só, ele vai fazer alguma coisa”.
Boteco – Então você lembrou do pai na hora do jogo?
Galileu – Nem lembrei. E o time nosso em cima. E o primeiro gol foi do El, zagueiro, que eu tinha brigado. Aí teve um cruzamento, o El foi lá e fez o gol. Precisa ver a emoção, porque já dava o título ao Pombal. E lotada a beira do campo. Aí faltando cinco minutos, o Willian bateu, não sei se o Tamborim foi baixar pegar, a bola passou: 2 a 2. O Willian saiu correndo, a turma invadiu, pularam uns 20 em cima dele. Ferveu de gente, aquela festa. Acho que de tantos títulos que eu tenho, foi a maior alegria. Sendo o El ter feito o gol e o Willian que o avô dele foi um dos fundadores do Pombal e o pai dele cresceu jogando lá, foi emoção demais para a turma. Outra curiosidade. O avô do Edinho Garcia, o Antonio Bruno, era dono do time da Bocaina, o Edinho nunca jogou pro avô dele. Ele nos acompanhava todo jogo. Esse jogo tem uma foto dele sentado lá, ele foi embora antes de acabar. Porque tava 2 a 0 para a Piteiras, ele não viu acabar o jogo, ficou tão nervoso que foi embora. Depois que ficou sabendo que foi campeão. Aí depois de dois meses, ele faleceu.
Boteco – Alguma história curiosa de vestiário?
Galileu – Teve no Regional, fomos para assinar o Jefinho, assinamos o Vitinho, enganado. Porque Vitinho, Jefinho… A gente não conhecia nenhum dos dois.
Boteco – Dava medo em algumas cidades da Copa Regional?
Galileu – Engenheiro Coelho, contra o São Pedro, do Nenê. Time deles tinha uns ex-profissionais. Saímos e a torcida dos caras era brava, nego armado. Sorte que empataram, senão a gente não saía de lá. Empatou, tivemos que ficar tudo no meio de campo, esperando a polícia para sair. Os caras esperando lá fora para bater em nós. Teve que ir o vice-prefeito acalmar a turma. E o São Pedro foi eliminado porque o Nenê estava irregular, porque tinha jogado no Gama, Segunda Divisão. Só que a gente não sabia, jogamos com eles e não ganhamos os pontos, a Piteiras sabia e ganhou e foi para a final contra nós (Piteiras foi campeã).
Boteco – Galileu volta para o último capítulo de suas histórias, desta vez para abordar a decepção com a forma com que foi demitido pelo Santana e relembrar, de maneira divertida, como montou o pior time de sua história.
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