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Febre do pôquer envolve cidade e atrai adeptos de fora

Lucas Valério

14 de junho de 2014

Dezenas de veículos estacionados nas imediações da Praça Floriano Peixoto no período noturno. A cena responsável por chamar a atenção está relacionada a uma febre mundial em plena ascensão em Mogi Mirim. Sediado em um imóvel com salas para jogos, além de bar e lanchonete, o clube do Centro atrai público de diversas cidades, como Indaiatuba, Socorro e Cosmópolis. São aficionados do pôquer, hoje aceito como não proibido após estudos e laudos comprovarem não se tratar de um jogo de azar, mas sim de uma disputa em que a habilidade e o raciocínio são essenciais. A proibição envolve as apostas, mas as disputas com inscrição e premiação são liberadas. O Ministério dos Esportes reconhece o pôquer como um esporte da mente. Embora sem uma fachada, o estabelecimento tem alvará e placas em frente ao imóvel divulgam os torneios. Filiado à Federação Paulista, o Clube tem uma média de 100 frequentadores por mês e conta com reuniões, estatuto e atas de associados.

Fundado em 1975 como uma associação sem fins lucrativos, o Clube nasceu sob a batuta do fundador Airton Ferreira, pai do atual presidente Rodrigo Ferreira, estudante de Direito, que, além de administrar, não resiste a jogar. “O esporte que tomou conta do mundo é o pôquer, é o esporte da mente”, reverencia, fascinado pelo desafio de provar a habilidade na mesa.

Torneios reúnem apaixonados pelo pôquer, colocando em jogo badalados prêmios: adrenalina na mesa. (Foto: Everton Zaniboni)

Torneios reúnem apaixonados pelo pôquer, colocando em jogo badalados prêmios: adrenalina na mesa. (Foto: Everton Zaniboni)

A primeira sede foi na Rua José Bonifácio. Depois, João Soares de Camargo até chegar à 13 de Maio. Há quatro meses, funciona na Acrísio da Gama e Silva.

A palavra competição é uma das bases. Até pelas quantias em disputa, o esporte está longe de ser uma brincadeira para muitos. O local reúne de iniciantes a profissionais. Nos torneios 10K, a inscrição é de R$ 120, com premiação de R$ 10 mil. Considerado o maior torneio da região, depois dos de Campinas, o 10K dá ao campeão do circuito uma vaga no Brasileiro. Às terças-feiras, há disputa de freerolls: a entrada é gratuita, com direito a fichas e valendo premiação, um incentivo aos iniciantes. O clube conta com um time, que disputa torneios em outras cidades.

Presidente do Clube, Rodrigo se empolga com a atmosfera do pôquer (Foto: Everton Zaniboni)

Presidente do Clube, Rodrigo se empolga com a atmosfera do pôquer (Foto: Everton Zaniboni)

O ambiente do carteado divide espaço com funcionários servindo lanches, mesclando descontração de alguns, com a tensão da adrenalina escancarada no olhar de outros, havendo ainda aqueles que preferem jogar com óculos de sol para disfarçar um semblante capaz de revelar um blefe.

Muitos buscam uma casa após conhecerem o esporte online, em alta, especialmente com propagandas de ídolos como Ronaldo e Rafael Nadal, do PoquerStars. Na Internet, a disputa pode ser gratuita ou começar a US$ 0,01, mas os valores chegam a ser astronômicos. A inscrição chega a US$ 25.500. No Brasileiro, a inscrição é R$ 2,2 mil. O Brazilian Series of Poker (BSOP) Milion, o campeonato nacional, no final de 2013, garantiu R$ 1 milhão ao campeão.

Castro introduziu o esporte no Clube

Responsável por introduzir o pôquer no Clube do Centro, há aproximadamente cinco anos, quando a sede era localizada na Rua 13 de Maio, Adirson Castro foi por mais de 20 anos atleta, de corrida e triatlo. Através do filho Cristiano, hoje da equipe Four Betting, de São Paulo, uma das melhores do país, conheceu a disputa online. Apaixonado por competição, logo se identificou e sugeriu ao clube, onde amigos disputavam outros jogos. Airton Filho, irmão do proprietário, já conhecia. Muitos aderiram e outros passaram a chegar seduzidos pelo pôquer. Vários dos novos adeptos praticavam jogos de tabuleiros de mente como xadrez e gamão. “É fantástico, vai dominar o Brasil em cinco anos, é uma febre mundial”, salientou Castro.

Castro conheceu a disputa online com o filho Cristiano, aderiu ao pôquer e levou o esporte ao Clube do Centro (Foto: Everton Zaniboni)

Castro conheceu a disputa online com o filho Cristiano, aderiu ao pôquer e levou o esporte ao Clube do Centro (Foto: Everton Zaniboni)

Mulheres também marcam presença

Embora em quantidade reduzida, as mulheres também marcam presença. A autônoma Andréia Sartori, de 28 anos, começou desde criança, pois o pôquer era paixão dos dois avôs. A afinidade está relacionada ao prazer pelas cartas. “Gosto muito de baralho, jogo paciência sozinha”, revela.

Depois de um tempo sem jogar, o marido voltou da Rússia jogando pôquer. Assim, passou a acompanhá-lo. Moradores de Socorro, Andréia e o marido jogam em São Paulo, mas gostam de visitar outras cidades. O casal evita jogar na mesma mesa para não concorrerem, mas quando afunila é inevitável, e Andréia conta já ter levado a melhor. “Já teve dia que eu tirei ele”, conta a jogadora, que tem alguns torneios conquistados no currículo e pretende fazer um curso para se profissionalizar, tornando o hobby sua profissão.

Andréia conheceu o pôquer ainda criança em virtude da paixão dos dois avôs. (Foto: Everton Zaniboni)

Andréia conheceu o pôquer ainda criança em virtude da paixão dos dois avôs. (Foto: Everton Zaniboni)

Profissional “internacional” no clube

Profissional com participação nos principais campeonatos do Brasil e do mundo, Hélcio Galdino, o Zóio, conheceu o pôquer há oito anos e vendeu seu comércio para investir no esporte. A maior parte dos rendimentos vem como jogador, mas ele também tem uma casa de pôquer em Bragança Paulista. Já ficou entre os três primeiros no BSOP, transmitido pela ESPN Brasil, e participou da maior competição mundial, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Zóio é uma das figuras que eventualmente visita o clube pelos contatos em Mogi Mirim.

O pôquer foi conhecido como um passatempo, em uma máquina de vídeobingo na época de legalizado. Para não perder dinheiro, hoje joga com o pensamento de empresa: “Para me manter como profissional, tenho que ter controle de caixa, uso no máximo 3% do que tenho guardado em um torneio”.

O controle emocional é fundamental, pois alguns jogadores se perdem na derrota. Seu hobby é saborear uma cerveja, mas nunca durante os jogos para não prejudicar o raciocínio. Hoje o pôquer é apenas profissão. Evita jogar com amigos: “Eu não brinco no jogo, não sei brincar. Se quiser brincar, vou pro parque de diversões, não pra mesa”.

Com experiência em expressivas competições no país e no exterior, Zóio é um profissional do pôquer. (Foto: Everton Zaniboni)

Com experiência em expressivas competições no país e no exterior, Zóio é um profissional do pôquer. (Foto: Everton Zaniboni)

Ex-vereador coleciona conquistas e dirige torneios

Secretário de Relações Institucionais da Prefeitura e ex-vereador, Jonas Alves Araújo Filho, o Joninhas, é um apaixonado pelo esporte a ponto de ser diretor de torneios no Clube do Centro e carregar um passado de conquistas especiais. “Eu nasci com baralho, é de família”, brinca.

O mergulho foi dado em 2005, quando por intermédio de um cunhado, conheceu o site Everest Pôquer. Joninhas acompanhou o crescimento mundial do jogo online. Depois, descobriu casas em São Paulo em época em que jogadores estavam se profissionalizando. Em 2005, no início do Campeonato Paulista, fez amizade com grandes nomes como o profissional Léo Bello, autor do primeiro livro sobre o tema do país, e Igor Federal, presidente da Confederação Brasileira, natural de São João da Boa Vista.

Joninhas guarda, com carinho, relíquias dos tempos românticos (Foto: Diego Ortiz)

Joninhas guarda, com carinho, relíquias dos tempos românticos (Foto: Diego Ortiz)

Entre 2007 e 2008, viveu seu auge, chegando a conquistar uma competição, que lhe levou a um torneio em Punta Del Este, no Uruguai. Foi ainda campeão do Circuito Sanjoanense, então o maior do interior, ficou em terceiro no Circuito Brasileiro Online e participou da Mesa dos Campeões do Circuito Paulista. “Os primeiros campeonatos eram praticamente entre amigos. Era uma época romântica, acabou o romantismo, o pôquer se profissionalizou muito”, compara.

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