Lucas Valério
24 de junho de 2019De volta ao Boteco, a ex-atleta Fabiana Murer, bicampeã mundial de salto com vara, comenta sobre a diversão proporcionada pelo esporte, com a sensação de voar ao saltar, e aborda curiosidades relacionadas a viagens aéreas.
Boteco – Você disse em uma reportagem que, quando foi iniciar carreira, via as meninas saltando e achava que era gostoso cair. Depois, quando você foi para a realidade, achou realmente gostoso? Era mais diversão ou acabou sendo mais trabalho e tensão?
Fabiana – É gostoso quando consegue fazer um bom salto (risos) e consegue acertar o colchão sem problema. Eu comecei saltando na areia, com vara de bambu e caindo na areia, como era antigamente, nos anos 20, 30, era desse jeito que eles faziam salto com vara. E depois, foi evoluindo, inventaram um colchão de palha até chegar no colchão que é hoje. Mas é bem gostoso fazer salto com vara, ter essa sensação de voar e quando está lá em cima, em cima do sarrafo, ver que passou o salto, já descer comemorando, é uma sensação muito boa, que é de arrepiar.
Boteco – Em relação à curiosidade de viajar com as varas, há dificuldades em grandes viagens, voos internacionais? Acontece de você chegar ao aeroporto e as pessoas ficarem se perguntando o que está acontecendo e já te reconhecerem devido às varas? Já ocorreu alguma situação inusitada em relação a isso?
Fabiana – É, é muito difícil carregar as varas. As varas, as que eu saltava, tinham 4,60 metros. As masculinas têm 5,20 metros. É difícil carregar. O local sempre tem que ter um rack em cima para colocar as varas em cima para amarrar. Não são todas as companhias aéreas que levam as varas, então, a gente tem que ver com a companhia, se leva, se não leva, fazer reserva. Então, é sempre bem complicado. E, assim, eu tive vários problemas. Teve uma vez que eu estava viajando para o Mundial, de pista coberta, em Moscou, e eu lá no aeroporto, com a delegação toda, tranquila. Ah, eu tô com a delegação do Brasil, eles que se virem para despachar as varas, e aí, na hora de fazer o check in das varas, eles falaram: “Não, a gente não leva”. Falei: “Não, mas não é possível, cabe no avião”. E, assim, eu já sabia todas as aeronaves em que cabiam a vara, onde amarrar a vara no avião, eu já sabia, já sei tudo porque eu viajei muito e com o tempo, eu fui aprendendo. Mas essa aí era uma das minhas primeiras viagens com vara. E aí, na hora de fazer o check in: “Não, a gente não leva, é uma política da empresa, até cabe no avião, mas é uma política da empresa, a gente não leva”. E aí a Confederação foi atrás de uma outra companhia aérea. Foram comprar de uma outra empresa aérea, que levava a vara. Eu fui separada da delegação para eles poderem transportar, levar a vara e eu ter a vara no dia da competição ali para poder saltar.
Boteco – Fabiana Murer volta no terceiro capítulo de suas histórias para abordar curiosidades relacionadas às duas conquistas do título mundial e sobre o sabor especial de vencer a recordista mundial Yelena Isinbayeva.
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