
Da Redação
14 de maio de 2023O sonho de ser mãe, para muitas mulheres, é daqueles que, quando se realiza, dá vontade de gritar para o mundo todo. “Eu vou ser mãe”. Só que nem sempre a gravidez dá sinais. Por vezes, ela é silenciosa. E isto é mais comum do que as pessoas podem imaginar.
Aqui em Mogi Mirim já tivemos inúmeros casos, mas, um bem recente, é da pizzaiola da Treviso, Michele Rocha, de 44 anos. Moradora do Santa Clara, ela ganhou um presente de Natal ao descobrir, já no parto, que a Liz viria ao mundo. Liz Helena é o nome escolhido para a princesa que chegou sem grande alarde, mas que irradia alegria na casa que já tinha André, 28; Giulia, 19; Mariah, 13 e Isis, de 6. E que vieram em uma gravidez que vamos tratar aqui como “normal” por pura facilitação de linguagem.
Já que a versão silenciosa não é tão anormal assim. “As pessoas acham que isso é impossível. Até eu já achei que isso não acontecia. Mas a médica que me atendeu quando eu entrei na Santa Casa, a primeira frase dela para mim foi ‘calma, porque isso é mais comum do que você imagina”, relembra Michele.
Ter uma gestação silenciosa é algo que pode ocorrer com diferentes perfis de mulheres e não está necessariamente associado ao peso ou ao tamanho da grávida como a visão preconceituosa de muitos prevê.
Como foi
O relógio marcava quase 15h do dia 14 de dezembro. Michele passou o dia sentindo muita dor na barriga, mas seguiu com os afazeres da casa. Foi tomar banho, a dor aumentou e aí veio a surpresa. “Olhei e vi os pés. Chamei meu marido, o Antonio, e forcei de novo. Ela nasceu, chorou”, conta em detalhes a mamãe. Hoje encantada com a caçula, na hora do parto, ficou em estado de choque. Não conseguiu pegar a filha no colo. O marido e as filhas assustadas. Todos chorando muito. Familiares e colegas de trabalho não acreditavam. Afinal, Michele já tinha trabalhado na véspera, uma terça, dia 13.
Caiu duas vezes, mas os sinais jamais indicavam uma gravidez. Viveu o que muitas mães no Brasil e no mundo já vivenciaram. Achou se tratar de um mal-estar. Só que mau mesmo é o juízo que muita gente tira disso. Várias pessoas julgaram Michele e a criticaram pelo que houve. Ela, sem ter noção do quanto é comum a gravidez silenciosa, ficou abalada a princípio. Depois, com o passar do tempo, o amor dos que importam e, claro, da pequena Liz Helena, prevaleceram.
Mesmo assim, pelo bem de outras que podem viver o que ele viveu, faz questão de lamentar que muitas pessoas são maldosas. “O preconceito vem de qualquer jeito. Principalmente no meu, já que eu tenho filhos e questionavam como que eu não senti nada. Não senti mexer, não senti alteração nos seios, não cresceu a barriga. Levei uns dias para entender, para aceitar. Mas, Deus é bom. Minha filha nasceu perfeita e isso é o que importa”.
E como importa a saúde, importa também o amor de mãe. Seja de uma gravidez que segue os ritos habituais ou que seja concluída só na hora do nascimento. Nada pode romper o laço umbilical de mãe e filho. E é assim com Michele, que agora não vai se cansar de gritar que é a mamãe da Liz assim como das outras quatro joias do seu rico tesouro maternal.
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