Everton Zaniboni
12 de julho de 2014Mogi Mirim desperdiça 47% de água tratada atualmente. Segundo o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Celso Cresta, o motivo disso são os vazamentos da rede atual, já bastante deteriorada pelo tempo. A troca das tubulações é o principal motivo, segundo a Administração, para a realização de parcerias com a iniciativa privada, projeto que deve ser votado nesta segunda-feira pela Câmara Municipal.
Segundo a autarquia, tubulação antiga de Mogi Mirim é o fator principal para os vazamentos na cidade (Foto: Everton Zaniboni)
Cresta revelou ainda que fazer um contrato de terceirização de serviços para que as redes sejam substituídas por novas é a melhor maneira, já que a capacidade de investimento do município, hoje, é de apenas 7% do orçamento. Já a do Saae, o índice chega a 10%, o que não é suficiente para os serviços que têm que ser feitos, segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico.
Além disso, as conquistas de verbas federais para a manutenção de água são apenas através de crédito, diferente dos valores disponibilizados para esgoto, que são a fundo perdido, sem a obrigatoriedade do município pagar.
O prefeito Gustavo Stupp (PDT) novamente garantiu que a tarifa de água não terá impactos por conta da parceria. “A empresa vai tirar a arrecadação dela do que desperdiçamos de água hoje”, garantiu. “Nós tentamos outras alternativas, como fazer com as verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas o valor não veio. E se viesse, aí sim a tarifa aumentaria, porque o poder público é engessado”, completou.
Caso o Legislativo dê a autorização para que o município celebre parceria com alguma empresa para a terceirização de serviços da autarquia, o Saae poderá continuar buscando verbas para melhorias junto aos governos estadual e federal, segundo o secretário de Negócios Jurídicos, Fabiano Urbano. O contrato enumeraria as metas que teriam que ser realizadas pela empresa e, caso haja descumprimento, esta poderá ser penalizada judicialmente.
Planos
O plano, caso a autorização legislativa seja dada, é finalizar ainda neste ano o processo de licitação para a escolha da empresa, após audiências públicas sobre o assunto. Questionado sobre a emenda sugerindo a realização de plebiscito, Stupp disse que a proposta é desnecessária.
“Isso é para fazer politicagem barata e não para discutir em alto nível. A Câmara tem que autorizar ou não”, disparou. “Se não tivermos autorização, não vamos fazer. Estou propondo discutir o futuro agora”.
Stupp não quer fazer PPPs agora
Apesar de ter enviado o projeto de lei para alteração de artigos em uma lei antiga, aprovada no ano passado, sobre a realização de Parcerias Público-Privadas (PPPs), o prefeito Gustavo Stupp revelou que não tem intenção de fazer muitas delas neste governo.
“O nosso problema hoje é infraestrutura. Não vamos queimar nossas energias agora. Podemos fazer PPP neste ano apenas para a energia elétrica, para troca das lâmpadas atuais pelas de LED, que têm uma economia de 70%, o que também se pagaria tranquilamente”, citou.
24 de junho de 2022
24 de junho de 2022
16 de junho de 2022
24 de junho de 2022
10 de junho de 2022
4 de junho de 2022
16 de junho de 2022
4 de junho de 2022
24 de junho de 2022
3 de junho de 2022
Flagrou algo inusitado e quer ver a sua notícia publicada? Nos envie seus textos, fotos e vídeos.
Os textos e comentários aqui expressos são de total responsabilidade de seus autores.