Da Redação
6 de dezembro de 2013O caráter, comando e a facilidade para alterações táticas são características exaltadas por esportistas que trabalharam com Pedro Rocha, ex-craque uruguaio e ex-técnico do Mogi Mirim, que faleceu na segunda-feira, 2, aos 70 anos. “Ele sabia conduzir qualquer situação. E tinha um jeito especial, de uruguaio guerreiro. Os atletas jogavam por ele”, descreve Capone, comandado por Pedro Rocha no Mogi Mirim e no Kyoto, do Japão. “Pegava no pé e dava conselho, era um pai, grande caráter”, reverencia.
O ex-gerente de futebol do Mogi, Henrique Stort, é outro a destacar caráter e competência. “Sabia mexer com os jogadores como se fossem peças de xadrez. Tinha um conceito tático muito inteligente”, recorda, apontando a facilidade de diálogo. “Ninguém punha o dedo na escalação dele, mas gostava de sentar com o presidente e conversar sobre o time”, relembra.
Stort (à direita) destaca a qualidade de Pedro Rocha (ao centro) para modificar o posicionamento dos atletas
Stort lembra que Pedro Rocha, quando foi ser treinador no Japão, tentou levá-lo como auxiliar, mas Barros o convenceu a ficar, a partir daí o remunerando.
O ex-goleiro Moacir Genuário viveu três momentos com Rocha: o encarou como craque do São Paulo quando defendia Ponte Preta e Portuguesa, foi treinado pelo uruguaio no Sapo e fez parte da comissão do Kyoto como preparador de goleiros. “Era fora de série como jogador, mosca branca. Como técnico sabia fazer ambiente e era muito bom em mudanças táticas”, resumiu.
MORTE E HISTÓRIA
O uruguaio Pedro Rocha estava morando em São Paulo e morreu de atrofia do mesencéfalo, doença degenerativa que sofria há cinco anos, o que afetava a fala e locomoção.
Meia clássico, armava com maestria e tinha um chute potente. Disputou quatro Copas do Mundo. Pelo Peñarol, conquistou 3 Libertadores e 2 Mundiais na década de 60. No São Paulo, foi campeão paulista duas vezes e o primeiro estrangeiro artilheiro do Campeonato Brasileiro, em 1972, com 17 gols. Foi campeão paranaense pelo Coritiba e passou no fim da carreira por Palmeiras, Bangu e Monterrey.
Como técnico, comandou Portuguesa, Noroeste e XV de Piracicaba, além do Kyoto, do Japão. Foi técnico do Sapo em diversas oportunidades, a principal no título da Série A-2 do Campeonato Paulista de 1995, em time com Sandro Gaúcho e Capone, que fez questão de lembrar do treinador ao receber o título de cidadão mogimiriano na terça-feira. Capone lembra que foi indicado por Pedro Rocha para a Eurosport, de empresários, que o negociaram com o São Paulo. No ano seguinte, Rocha o indicou para o Kyoto, do Japão, em que era técnico. Lá voltou a jogar com Luiz Carlos Guarnieri em time que também tinha Cléber Arado e onde Moacir Genuário era preparador de goleiros. “Ele era fantástico, um grande treinador e me ajudou muito”, frisa
Em 2000, livrou o Sapo do rebaixamento à A-2.
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