Lucas Valério
22 de abril de 2014Ex-jogador de futebol amador, Guilherme Dovigo, o Gui, aborda a experiência de compra e venda de camisetas de clubes de futebol, movido pelo vício da coleção.
Boteco – Como começou a ideia de colecionar?
Gui – Com uma camiseta do São Paulo que não servia mais pra mim. E eu resolvi vender. Anunciei no Mercado Livre e vendi no dia. E nisso eu gostei de outra e comprei.
Boteco – Do São Paulo também?
Gui – Da França, era do Henry, da Copa de 2010. Aí ficou grande. Eu anunciei e vendi mais caro e pensei: “Eu posso ter a camisa que eu quero”. E comecei a procurar colecionadores, em sites, procurava umas camisas baratas. Eu pensava: não vou comprar caro uma camisa do ano, que hoje em média, oficial, é de R$ 180 a R$ 200. Camisas usadas era um preço mais em conta, só que comecei a achar relíquias e comecei a gostar. Chegou uma época que cheguei a ter umas seis, sete. Aí começou a girar… Estou com mais de 107 camisas, comecei com uma. Já vendi 90.
Gui Dovigo começou com um camisa, foi girando e hoje tem mais de 100 peças na coleção. (Foto: Diego Ortiz)
Boteco – Você compra, eles mandam pelo correio?
Gui – Pelo correio, por sedex ou PAC, que é mais em conta. Demora mais, se é com mais urgência, manda por sedex. Compro do país inteiro, já mandei até para fora do país.
Boteco – E depois daquela do Henry?
Gui – Depois dela veio a camisa do Barcelona.
Boteco – A intenção era usar inicialmente?
Gui – As que servem eu uso, mas o mínimo, aquele total cuidado e guardo. A maioria não é meu tamanho. Às vezes num barzinho, por exemplo, com uma do Corinthians roxa, eu uso, eu era são-paulino, hoje não tenho restrição nenhuma.
Boteco – Não é mais são-paulino?
Gui – Não ligo mais. Hoje eu uso a camisa que eu quiser.
Boteco – A coleção é mais por prazer ou visa lucro?
Gui – Meu intuito hoje não é dinheiro, porque a camisa que eu vendo eu invisto em camisa. É viciante, você sentar na frente do computador, você quer tudo.
Boteco – Por quanto chega a vender uma camisa?
Gui – Eu cheguei a vender por R$ 400. Uma do São Paulo do Mundial de 2005, do Mineiro, de treino, mas estava escrito Mineiro em japonês.
Boteco – E a que você pagou mais caro?
Gui – Eu não pago caro, eu procuro barato para girar, eu quero ter mais, quero chegar ao ponto de ter umas 1 mil.
Boteco – Como se chega a essas camisas usadas por atletas?
Gui – Essas de jogo têm um custo muito elevado, já vi de R$ 5 mil, R$ 10 mil. Difícil é saber se o cara usou mesmo.
Boteco – Como faz para saber?
Gui – Hoje eu já tenho uma noção de camisa que é de jogo e que não é. Tenho uma que um colecionador veio louco atrás de mim, falou que nunca achou uma camisa dessas. Do Milan, Seedorf. O cara que vendeu para mim falou que o Seedorf jogou com ela, agora para eu dizer se usou, como vou saber?
Camisa de Seedorf, do Milan, é uma das peças especiais da coleção de Gui Dovigo. (Foto: Diego Ortiz)
Boteco – Ele cobrou mais caro?
Gui – Não, era um cara que teve a camisa e nem colecionador era, encontrei em um site num anúncio de compra e venda.
Boteco – Usadas em jogo, qual mais você tem?
Gui – Essa do Milan, essa aqui do Zé Luis, do São Caetano, ele deu para uma prima minha.
Boteco – Gui retorna para contar curiosidades de camisetas de nomes como Muller e Rivaldo, revelar quais ainda sonha conseguir e abordar as peças das décadas de 60 e 70.
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