Aluno da Fatec vai para Universidade de Washington

Em menos de 15 dias, o aluno José Henrique de Oliveira, 21 anos, partirá para uma nova experiência acadêmica, e também de vida, na histórica cidade de Ellensburg, localizada no estado norte-americano de Washington. A boa notícia foi anunciada pela Faculdade de Tecnologia (Fatec) Arthur de Azevedo, durante coletiva de imprensa, na tarde de quarta-feira.

A professora da Fatec, Sandra Silva, ao lado do estudante José Henrique, selecionado no programa do Governo Federal (Foto: Ana Paula Meneghetti)

O estudante do segundo semestre do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) conseguiu uma bolsa de estudos, através do Programa Ciência Sem Fronteiras do Governo Federal, que o levará para a Universidade Central de Washington – Central Washington University (CWU).

Fundada em 1890, a universidade é gerenciada pela iniciativa privada, de modo independente e sem fins lucrativos. Em 2014, mais de 400 alunos estrangeiros de 36 países diferentes estudaram na CWU. O jovem embarca no dia 19 de junho para Ellensburg, onde ficará por um ano e dois meses dedicando-se aos estudos na área da Tecnologia da Informação e a um curso de idiomas para aperfeiçoar o Inglês.

A oportunidade também deve render um estágio na área em alguma empresa do país, processo que será realizado pela própria universidade. “Os Estados Unidos têm o maior polo tecnológico do mundo. Será uma vivência grande e que vai ser útil para o meu futuro”, declarou Oliveira.

Natural de Mogi Guaçu, o aluno mora com os pais e mais um irmão e, em breve, deixará o ambiente familiar para viver no alojamento da CWU. O processo que seleciona os estudantes concorrentes às bolsas foi realizado no ano passado.

Segundo a Doutora em Letras, professora de Português e diretora substituta da Fatec, Sandra Silva, 15 alunos da faculdade se inscreveram no Ciências Sem Fronteiras. “Ele é o terceiro estudante que consegue a bolsa. Tinha todos os requisitos: boa nota no Enem, sabe bem o Inglês e ainda está no curso da área de informática. É motivo de orgulho para nós”, afirmou.

Os dois primeiros selecionados da Fatec Mogi Mirim para o programa foram Flávia Boveloni, em 2013, e Vinícius Fernandes Borzani, em 2014. Para os próximos anos, a meta da Fatec é mandar mais de um aluno para o intercâmbio.

Para isso, o incentivo é feito através dos próprios estudantes aprovados. “Já temos uma lista de 50 interessados no programa”, destacou Sandra. O aluno disse que conheceu o Ciência Sem Fronteiras com mais detalhes através da professora Sandra e resolveu se inscrever porque se sentiu incentivado com a ida de Vinícius para a Inglaterra.

A professora ainda explicou que José Henrique ficará matriculado em regime de intercâmbio, podendo eliminar algumas disciplinas quando retornar para concluir o curso. Os custos da bolsa são financiados com recursos do Governo Federal. Os estudantes recebem auxílio-instalação, auxílio material didático e seguro saúde.

O programa
O Ciência sem Fronteiras busca promover a internacionalização da ciência e tecnologia brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Uma das vertentes do programa aposta na formação profissional de jovens que estão na graduação.

A iniciativa é uma parceria entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes – e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.

Oportunidade
Para as novas chamadas de graduação sanduíche, ou seja, aquela em que o estudante faz parte do curso no exterior e o restante no Brasil, o candidato deve ser brasileiro ou naturalizado, estar regularmente matriculado em instituição de ensino superior em cursos relacionados às áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, possuir nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) igual ou acima de 600, em teste realizado a partir de 2009, e ter concluído no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para o curso de graduação. Para mais informações, acesse www.cienciasemfronteiras.gov.br.