Da Redação
29 de agosto de 2015Em uma época marcada por uma gravíssima crise política no Brasil, que como consequência despeja problemas em uma das peças de engrenagem do país, no caso a economia, é dever de cada município saber planejar, administrar e gerir com extremo cuidado e cautela os bens públicos. É notória que a atual realidade pede uma contenção de gastos que não comprometa direitos e deveres assumidos anteriormente.
Nos dias de hoje, os poderes Executivo e Legislativo em Mogi Mirim servem bem como parâmetro do momento constatado em boa parte do país. Órgão responsável pela condução da cidade, a Prefeitura talvez viva um de seus momentos mais delicados nos últimos anos, justamente em uma Administração que surgia como um sopro de esperança para os munícipes.
Desorganizada e tomada por uma grave crise financeira, escancarou seu conturbado cenário nesta semana, após publicação de um decreto que pede a contenção de gastos em todas as esferas, desde tarifas básicas como de água, energia, telefone e combustível até o cúmulo de anunciar não promover mais nenhum investimento no município senão aqueles que atendem à Constituição Federal, em áreas como a Saúde e a Educação.
É aí que começa a primeira incoerência. Se o momento é pra lá de ruim, o que justifica o investimento de R$ 22,8 mil em um imóvel no Centro da cidade para o aluguel de sete secretarias municipais? É mais do que explícito que, na atual conjuntura, isso não passa nem perto de ser uma prioridade. Até o desfile do Dia da Independência foi suspenso, frustrando quem participaria da solenidade cívica. A impressão é que Gustavo Stupp não gostaria de ficar cara a cara com a população, por medo ou simplesmente desleixo em uma data tão importante para o país.
A segunda incoerência pode ser observada nos corredores da Câmara Municipal, ainda vizinha de prédio da Prefeitura. A mesma Câmara que acaba de autorizar a devolução de R$ 750 mil, parte do orçamento remanescente de duodécimos, ao Executivo e rejeita a quinta sessão por motivos financeiros, está prestes a alugar uma nova sede em um imponente imóvel às margens da Igreja Matriz de São José pela bagatela de R$ 23 mil ao mês, em contrato válido por dez anos. Como na Prefeitura, a observação se repete. Não é prioridade tal investimento.
Fica claro faltar maturidade, responsabilidade e uma dose de bom senso para ambos os poderes. Se a imagem de ambos já é ruim pela cidade afora, ela só tende a piorar daqui para frente. A maré de situações negativas parece só crescer, saindo da onda para um tsunami. A cidade pede socorro e quem deveria prestar o atendimento parece fingir que tudo está bem.
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